A celebração do Dia Nacional do Mar teve origem na “Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, que entrou em vigor a 16 de novembro de 1994. Portugal ratificou o documento em 1997.
Se há algo que verdadeiramente diferencia os portugueses de outros povos, é o seu amor pelo mar. Para além da sua relevância histórica, cultural, literária e social, o mar assume uma importância estratégica para Portugal, sendo um setor vital para a economia e para o produto interno bruto (PIB). De acordo com dados divulgados em 2018[1], o mar português dá trabalho a 113 276 pessoas e representa uma riqueza anual de 8 640 milhões de euros. É por isso que, num acontecimento tão importante para o povo português, o Marine Stewardship Council, uma organização sem fins lucrativos que trabalha há mais de 20 anos na salvaguarda dos mares, dos oceanos e da vida que os habita, celebra-o tendo em mente as gerações futuras e apresenta o seu programa educativo sobre a pesca sustentável e a sustentabilidade.
O programa pretende ser um guia educativo para professores, destinado a alunos entre os 6 e os 18 anos, sobre questões relacionadas com o futuro dos mares e oceanos do planeta. Numa primeira fase, foram contemplados recursos didáticos e conteúdos multimédia para alunos a partir dos 10 anos de idade, adaptados ao 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário. Estes recursos estão abertos ao público em geral, dirigidos aos professores, e podem ser descarregados de forma totalmente gratuita a partir da página educativa do MSC Portugal.
Nos próximos meses, o MSC Portugal irá também desenvolver recursos didáticos para o 1.º ciclo do ensino básico (alunos dos 6 aos 10 anos), que atualmente só estão disponíveis em inglês.
As atividades propostas irão ajudar os alunos a compreender o papel da pesca sustentável na proteção dos recursos marinhos para as gerações futuras.
Premiado pela Geographical Association, uma organização que reconhece os recursos educativos que deram um enorme contributo à disciplina de Geografia no ensino básico e secundário, o vídeo “O meu pai é pescador” é a peça fundamental que articula o programa educativo, onde se aprende como o ser humano utiliza, modifica e altera o ecossistema marinho para obter alimento, e se introduz o conceito de pesca sustentável e como esta beneficia os recursos marinhos por ter um impacto mínimo nos ecossistemas, entre outros.
A história recolhida tem como protagonista a filha de um pescador, embarcado em viagem no oceano selvagem, e explora o conceito de sustentabilidade e os problemas que ameaçam os nossos oceanos, oferecendo também alguns dados científicos por detrás da pesca sustentável.
Entre os objetivos formativos da peça em vídeo, destacam-se: a aprendizagem da utilização do ecossistema marinho pelo ser humano para obter alimento, a compreensão dos termos e conceitos-chave da pesca sustentável, o papel fundamental que o mar desempenha na vida do ser humano e o reconhecimento da importância do trabalho dos pescadores na conservação dos recursos marinhos para as gerações futuras.
Além disso, foram desenvolvidas seis peças complementares ao conteúdo descrito acima sobre a vida dos pescadores; o peixe como o alimento mais comercializado no mundo; a sobrepesca; o que é a pesca sustentável; o desafio global da sustentabilidade dos oceanos ou como se efetuam as capturas de peixe em alto mar.
Por último, o conteúdo educativo do programa é completado com várias fichas de trabalho e imagens sobre o uso sustentável do oceano ou sobre a importância do mar para a vida humana.
Este conteúdo é adequado para estudantes com mais de 10 anos, adaptado às disciplinas:
- Segundo e terceiro ciclo do Ensino Básico: Ciências Naturais (5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos), Geografia (7.º, 8.º e 9.º anos)
- Ensino secundário: Biologia e Geologia (10.º e 11.º anos), Geografia A (10.º e 11.º anos), Biologia (12.º ano) e Geografia C (12.º ano).
Informação completa sobre o programa e download gratuito de conteúdos
[1] A importância da Fileira do Pescado na Economia do Mar (INE SCIE - Sistema de Contas Integrado das Empresas 2018)
